terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Cara a cara com Poema Sujo - Gullar



 
Sentada costura um lindo colar...
Peito/Barriga/Boceta/Cú/Sovaco
Corpos...o meu, o seu, mães, filhos, vendidos, grandes, caídos, amarelos, cabeludos, ensurdecidos, fedidos, comprados, humilhados, sacaneados, mudos.
Busca pelo equilíbrio.
Um corpo que ainda não existe, mas já terá seu molde.
A teoria, por si só, tem pouco a alcançar nesse corpo.
Carne, músculos, vísceras...
Viscéras...viscerás...
Overdose de Blá-blá-bláção.
São as contra-rimas.
Das pessoas as coisas.
O tempo perdeu a coerência e o passado impõe sua contemporaneidade.
A não concretude do homem.

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